domingo, 16 de dezembro de 2012

É NATAL   




 
Ao Menino Jesus, como prenda de amor, ato de adoração e agradecimento.


A estrela,

o caminho.

Os vagalumes, estrelinhas pingentes,

incendeiam a trilha dos pastores.




Na manjedoura, a LUZ maior

tomou a forma de um Menino.

Sua presença inefável

é prenúncio da nossa alegria. 



 
Que nossa alma, grávida de amor,

deixe nascer o Menino Deus,

também, em nosso coração.



A celebração se assemelha ao celebrado.

Precisamos de palavras que constroem,

de silêncio para a adoração,

de amor, prenda mais preciosa,

de lembranças singelas

e ricas de significação.



Nada de palavras vazias,

de cumprimentos compulsórios,

de brindes sem acolhimento,

de presentes obrigatórios,

de salas cheias de desencontros,

em ceias fartas de egoísmo.






Há que se ter

mãos elevadas em gratidão,

mãos unidas em oração,

mãos estendidas e acolhedoras,

mãos em gestos de generosidade.





  
Há que se ter mãos dadas

para brincadeiras de roda,

dança de cirandas, de pastoras

e caboclinhos.


 











 
Sobre as palhas, o Menino Jesus

acende a esperança entre os homens:

Ele é a Chave do Reino,

o Príncipe da Paz,

o fim da escuridão humana,

o Verbo Divino que Maria recebeu,

sem medo do apedrejamento,

o Verbo Divino que José protegeu

com confiança e contentamento.




O galo cantou,

do mundo nasceu a Luz.

Os animais sopram

e aquecem o Menino Jesus,

dividem com Ele a estrebaria.

O Rei não foi acolhido

em nenhuma hospedaria.



Apaixonado pela humanidade

Ele sorri, “eles não sabem o que fazem.”

O Divino se fez pequeno

para tornar grande o minúsculo.

Celebremos sua amorosidade:

Aleluia! “Hosana ao Filho de David!”

“Bendito O que vem em nome do Senhor!”

Aleluia! É Natal!


Celina Rabello

12/12/2012