À TIA LOURDES, pedra preciosa RABELLO CAMPOS,
que colore com sua alegria, entusiasmo
e carinho a nossa família,
que colore com sua alegria, entusiasmo
e carinho a nossa família,
meu amor e homenagem.
Montanhas em grutas,
grutas de Minas,
minas de gemas,
gemas mineiras,
preciosas e belas,
Marílias e Bárbaras
de Minas Gerais.
Minas de ouro,
ouro branco, ouro preto,
de verdes esmeraldas -
olhos de Minas -
cintilantes diamantes,
topázios, ametistas,
rutilantes berilos,
minério de ferro
das minas de Minas,
Minas Gerais.
Esperanças nos montes
verdes de Minas,
no céu liberdade,
no peito um sonho
que transcende as montanhas
que protegem, cerceiam,
que aguçam horizontes –
candeias da vida –
da vida vivida,
sofrida, sentida,
soluço contido
e solto, escorrido
nos rios e fontes,
em cachoeiras e córregos
de Minas Gerais.
Do seio de Minas,
das grutas e gemas,
dos veios e veias
revivem as cores,
renascem tesouros,
que conjurados proclamam
no seu estandarte
de paz e de sangue,
a fé, os liames
de confidências trocadas,
de planos traçados
para asas e voo,
mistérios, enigmas
de Minas Gerais.
Das cruzes e torres,
dos santos barrocos,
de suas igrejas
pintadas a ouro
ecoam as vozes
piedosas, humildes,
do povo de Minas,
das minas de ouro
de incansáveis bateias,
pacientes peneiras
de pedras faiscantes
que espalham o brilho
de Minas Gerais.
O antigo Caraça,
as velhas escolas –
cabeças de Minas –
geraram ideias,
garimparam valores,
lapidados e soltos,
abafados, perdidos,
plantados, colhidos
pela gente das minas,
de Minas Gerais.
De serenatas e lua
das noites de Minas,
de vielas e becos,
porões e sobrados
voam lembranças suspiros,
afetos tecidos,
sufocados, reprimidos,
incrustados na alma,
pregados nas serras,
semeados no solo
rico das minas,
de Minas Gerais.
De veredas e matas,
capoeiras e vales,
de portões e sacadas,
das telas poemas,
dos versos e prosa,
das artes mineiras
saltam anseios, desejos
de levar a bandeira
do amor liberdade,
do coração compassivo,
orgulhoso e tímido,
do jeito mineiro
de Minas Gerais.
Das serras mineiras
ressoam cantigas
das águas nascentes,
correntes, dançantes,
bailarinas de Minas
de meneios e mimos
em espumas flutuantes
nas altas cachoeiras,
de onde mergulham
em rios dolentes,
das águas crescentes
de Minas Gerais.
Nas cidades e campos,
essas águas cantantes
são mulheres meninas,
minas ardentes
de ricos amores,
flores das cores
das gemas das minas,
de Minas Gerais.
Celina Rabello - 13/05/2011
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ResponderExcluirCelina, vc arrasa sempre.Continue sonhando e nos brindando com mais maravilhas literárias.
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