DESERTO
Corro das grades.
Não gosto de cercas.
Caminho.
Vou indo de mim para mim, esbarro.
Tropeço, encosto, desfaço o nó.
Desvencilho-me do ontem.
Quero largueza.
Quero desertos cheios de nada,
palpitantes de possíveis,
carregados de interrogações, de travessões,
onde ocorra a conversa essencial.
E um oásis pequeno
onde molhe os pés, tire a areia dos olhos
e redesenhe a vida, com o dedo no solo.
Palmeiras verdes para serenar a alma
e uma noite de estrelas para viajar meu sonho.
Belo Poema!
ResponderExcluirO deserto, tão solitário e silencioso é uma pequena amostra do Universo.
Tento imaginar e comparar o deserto com a afirmação de Carl Sagan: Existem mais estrelas (sóis) no céu do que grãos de arreia na terra.
Parabéns pelo Poema!
Obrigada, Jorge, querido amigo, pelo estímulo. Um abraço apertado e de carinho, ''aquele de sucuri.''
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