LUZ e SOMBRA
Onde está o brilhar dos meus olhos?
O que faz meu sangue correr
como fonte pujante
e o coração sapatear
como em tablado flamenco?
A noite imperante
pôs burcas nas estrelas
e Thânatos tenta vencer Eros.
Apolo compassivo acorda as horas,
ninfas de dedos róseos,
que rasgam o vestido noturno,
destronam as trevas reinantes
e a Aurora desabrocha
em esperança e orvalho.
Novo dia candidata-se
ao branco das possibilidades.
A decisão é tomada:
escolho as sementes e a luz.
Thânatos, vencido,
assiste à festa da vida.
Celina Rabello – 24 de maio/13
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