Á minha filhinha - ANA LETÍCIA - pelo seu aniversário (05/07), como memória viva do
colo que já nos demos e que tanto fortaleceu nossos laços de amor.
Aberta
a porta do escritório,
corri
para o colo – raiz de afeto.
As
lágrimas convulsivas afogavam
meus
15 anos decepcionados com o amor.
Os
braços acolhedores
atravessaram
o medo e a dor.
A
curva do aconchego
expôs
a confissão soluço.
O colo-abrigo
embalou comovido
a frágil menina
que se
pensava mulher.
O colo
paterno nutriu e acalmou
a
arritmia que se fez suspiro.
Na
verdade, colo é herança,
solo sagrado para a firmeza dos passos.
Delicada
memória,
nó que
sustenta os laços
e
perpetua o amor.
esse
ninho incólume -
nascido
da pura alma
capaz
de ofertar a calma,
a calma que só um colo tem.
Celina
Rabello - BH, 19/06/2020
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