BOLINHAS
DE GUDE
BOLINHAS
DE CHINA
BILA - BIROSCA
Sol
rachando no céu
e
o jogo vai começar.
Círculo
traçado no chão.
Emoção
suspensa no ar.
Dois
traços em lados opostos,
jogadores
atrás das linhas.
Azulam
e esverdeiam no centro,
de
gude, treze bolinhas.
Na
mão, para jogar,
uma
bolinha maior.
É
preciso acertar
uma
bolinha do meio.
Fazê-la
do limite saltar,
sem
a atiradora levar
em
perdido chicoteio.
Sorteia-se
quem vai começar.
Da
emoção, é aberta a porteira.
Nós
dos dedos apoiados no chão,
a
mirada deve ser certeira.
O
jogador com o dedão
lança a bolinha, a sorte, o coração.
A
atiradora põe uma verdinha,
rápido,
pra fora do círculo.
O
jogador se anima,
sua
respiração é forte -
ganhou
um ponto,
uma
azulzinha,
volta a jogar, crê na sorte.
-Nóóó! - Nossa! -Nossa Senhora!
Da
plateia, o repertório ardoroso
ao
jogador anima e incentiva.
Mas,
as palavras ruidosas
podem
se tornar raivosas
e
até mesmo belicosas.
De
novo, a atiradora é lançada.
Erra,
agora, o jogador.
Mas,
é pássaro sozinho
o lamento da sua dor.
o lamento da sua dor.
O
adversário assume o jogo.
Na partida, corpo e alma.
A
brincadeira continua -
técnica,
regras e calma.
A
plateia acompanha, fiscaliza,
palpita,
torce e grita.
A
molecada inteira no jogo,
o
tempo pra eles não existe.
Os
meninos treinam as regras,
o competir, o ganhar e o perder.
o competir, o ganhar e o perder.
Ensaiam
comandar sua trajetória,
rabiscam
o preâmbulo de sua história
ao
jogar, ao brincar, ao viver!
Celina
Rabello – BH, 24/05/2018
Lindo demais!
ResponderExcluirObrigada,Vera,pela gentileza do seu comentário.
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