A FLORISTA DA RUA SÃO PAULO
Lá vem a moça sorridente,
com sua cesta de flores.
O sinal fecha, os carros param.
Ela oferece seus mimos a um,
oferece a outro.
O sinal fecha, os carros param.
Ela oferece seus mimos a um,
oferece a outro.
Não vejo ninguém comprar.
Moça, do céu, onde estão
os galãs, os apaixonados,
capazes de levar um botão de rosa
para a amada?
Desapareceram?
Desertaram?
Ou se transformaram
em bonecos virtuais?
em bonecos virtuais?
Ah! moça, pena os homens
acharem esquisito receber flores...
Não fosse isso, juro que comprava
uma rosa para aquele homem
na esquina, estático...
na esquina, estático...
Tão sorumbático...
De olhar lunático...
Parece não ser deste mundo.
Ou sou eu a fora da órbita?
Celina Rabello – BH- 27/04/15