AVANTE!
Aos
trabalhadores brasileiros, que não se entregam ao sistema opressor, a todos
os que lutam pela democracia, pela justiça social e pela soberania da nossa Nação.
Pisotearam nosso jardim.
Escavaram a nossa mina,
roubaram o nosso tesouro,
nosso esforço, nossa construção.
Trituraram a nossa alma.
Aprisionaram a nossa esperança,
esquartejaram as nossas conquistas.
Rasgaram a Magna Carta,
esmagaram os direitos civis.
Trabalhadores perderam o chão.
Aos pobres sobrou a margem dos excluídos
sem abrigo, sem rumo, sem norte.
As veias do país estão sangrando:
nossas riquezas saqueadas,
bases militares instaladas,
a justiça "desvendada",
os corruptos no poder,
a justiça "desvendada",
os corruptos no poder,
nosso povo abandonado.
O imperialismo exige as partes
gordas da caça, aos apoiadores
distribui óculos cor-de-rosa.
O Brasil golpeado, escravizado,
caranguejando volta a ser colônia.
A Latina América ameaçada,
pressionada, subjugada.
a produção escoará para a metrópole,
a grande atravessadora.
E o mundo ainda não se deu conta
do que está em jogo, de que é sempre
o atravessador que ganha,
pagará mais
caro ao controlador.
Nossa água doce será dominada,
as empresas da União privatizadas,
a indústria nacional rendida,
nosso petróleo apropriado, refinado
e transformado por mãos estrangeiras.
A soberania nacional, água abaixo,
as empresas da União privatizadas,
a indústria nacional rendida,
nosso petróleo apropriado, refinado
e transformado por mãos estrangeiras.
A soberania nacional, água abaixo,
transbordará as contas bancárias
e o PIB de outro país.
Aos que esperneiam e berram
contra a mordaça e o cabresto,
as críticas e o repúdio dos entreguistas ou
vendidos, dos iludidos, dos enquadrados.
vendidos, dos iludidos, dos enquadrados.
O “Grande Irmão” manipulou,
legislou, judiciou e domina
como a besta apocalíptica,
que desconhece a força
da semente sob a luz.
Os alienados dormem,
mas não há caminho de volta
para a consciência ampliada.
Avante, companheiros!
Celina Rabello – 09/04/2018
“-Laços fora, soldados! As cortes querem mesmo escravizar o
Brasil.
Cumpre, portanto, declarar já a nossa independência. Desde
este momento estamos,
definitivamente, separados de Portugal: Independência ou
Morte seja a nossa divisa!
Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, juro
fazer a liberdade do Brasil.”
Avante, companheira,Celina! Bela reflexão! Como trabalhadora na área da Arte, te agradeço por este manifesto, amargo como está, como tudo neste País: a poesia é perfeita, e a situação nos afeta implacavelmente. Mas devo afirmar que é preciso cérebros livres. Capazes e discernir e reconstruir um novo caminho que supere esse momento.Estamos vivendo o próprio Ensaio sobre a Cegueira, tão bem romanceado por José Saramago. Nesse caso, poucos como vc têm a visão. Um abraço.
ResponderExcluirObrigada, Mary! Que nossa esperança de um país mais justo se concretize. Meu abraço carinhoso e fraterno.
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