CRISTAL LÍQUIDO
Águas cristalinas,
cristais e água.
Pureza translúcida,
transparente refulgência .
Vê-se através.
O lodo, o musgo, as pedras
ondulam e cintilam.
A vida em euforia
borbulha e dança na nascente,
nas corredeiras, nos leitos calmos.
Espelho para Eros, Ares e Narciso.
Tudo se debruça, se banha, se vê.
Corrente, a água lava, leva, louva!
Chega às fontes e chafarizes,
testemunha as prosas, as pragas, as preces.
À arte alimenta.
Aos marcados purifica.
Aos sedentos alivia.
E corre límpida, fresca,
cristal e pérola.
Diamante líquido na poesia.
Celina Rabello – BH 13/09/2018
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