QUO
VADIS?
A chave rodou.
A porta fechou.
Aperto a carteira de identidade.
Ensimesmada, fico com meus afetos,
memórias, com minha fé.
A roda enguiçou.
O mundo parou.
Muitos caíram em si
e na verdade inegável,
filosófica, biológica, espiritual –
SOMOS UM.
A ciranda estacou.
O homem tropeçou
no tempo, na arrogância,
e na desigualdade.
O teste começou -
viver a luz,
encarar a sombra.
Viver a prisão
e a libertação.
A malha, pensada indesfiável,
precisa de um fio que não é de ouro.
Liga da ciência, do afeto,
de valores
esquecidos da espiritualidade.
Praga ou elevação?
Cabe ao humano decidir.
A bússola interna deve responder:
- Quo vadis?
Celina
Rabello – 04 de abril /2020