sábado, 4 de abril de 2020





QUO VADIS?





A chave rodou.
A porta fechou.
Aperto a carteira de identidade.
Ensimesmada, fico com meus afetos,
memórias, com minha fé.


A roda enguiçou.
O mundo parou.
Muitos caíram em si
e na verdade inegável,
filosófica, biológica, espiritual –
SOMOS UM.




A ciranda estacou.
O homem tropeçou
no tempo, na arrogância,
e na desigualdade.


O teste começou -
viver a luz,
encarar a sombra.
Viver a prisão
e a libertação.





A malha, pensada indesfiável,
precisa de um fio que não é de ouro.
Liga da ciência, do afeto,
 de valores esquecidos da espiritualidade.


Praga ou elevação?
Cabe ao humano decidir.
A bússola interna deve responder:
- Quo vadis?



Celina Rabello – 04 de abril /2020







3 comentários:

  1. Uma maraviha de poema, bem adequado para o momento atual.

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  2. Obrigada! Pena que não consegui acessar seu blog. Por favor, deixe o endereço dele. Meu abraço.

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  3. Obrigada! Pena eu não ter conseguido acessar seu blog. Por favor, deixe o enderêço eletrônico dele. Meu abraço.

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