terça-feira, 30 de junho de 2020




   


Á minha filhinha - ANA LETÍCIA - pelo seu aniversário (05/07), como memória viva do colo que já nos demos e que tanto fortaleceu nossos laços de amor.





Aberta a porta do escritório,

corri para o colo – raiz de afeto.

As lágrimas convulsivas afogavam

meus 15 anos decepcionados com o amor.



Os braços acolhedores

atravessaram o medo e a dor.

A curva do aconchego

expôs a confissão soluço.

O colo-abrigo embalou comovido

 a frágil menina

que se pensava mulher.




O colo paterno nutriu e acalmou

a arritmia que se fez suspiro.



Na verdade, colo é herança,

 solo sagrado para a firmeza dos passos.

Delicada memória,

nó que sustenta os laços

e perpetua o amor. 




 Oferece colo, quem conhece colo -

esse ninho incólume -

nascido da pura alma

capaz de ofertar a calma,

 a calma que só um colo tem.



Celina Rabello - BH, 19/06/2020



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