quarta-feira, 20 de março de 2024

 

QUÉBEC

 

Ao meu filhinho, Marcus Vinícius, com gratidão

por seus dedicados cuidados amorosos.


 Das montanhas de Minas,

o sonho bateu asas,

mirou o norte,

varou a distância entre

a saudade e a doce presença.

 

Pousou em Ville de Québec,

francesa na língua e

na arquitetura preservada.

 

Os olhos esverdearam-se

com árvores e parques em profusão,

maquiaram-se de gerânios, hortênsias

petúnias e margaridas.

 

Flores suspensas falam-me

de bom gosto e sensibilidade,

acenando-me em matizes 

do verão canadense.

O sentimento despertado

não cabe na moldura.

 

Quebec debruçada sobre o rio,

atalha caminhos para o mundo.

Seu vento espalha poesia -

um rastro vital e fundo -

pra eu saber voltar um dia.

 

Ah! se alguém lesse o meu olhar,

decifraria o que sinto,

o que não ouso falar.

 

O acolhimento amoroso,

filial e brasileiro,

prova o que ensinava  o velho Rabello:

amor a gente prova é com atos,

no mais é etc.

 

Celina Rabello -  Québec, 04/07/2023

 

 

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