QUÉBEC
Ao meu filhinho, Marcus Vinícius, com
gratidão
por seus dedicados cuidados amorosos.
o sonho bateu asas,
mirou o norte,
varou a distância entre
a saudade e a doce presença.
Pousou em Ville de Québec,
francesa na língua e
na arquitetura preservada.
Os olhos esverdearam-se
com árvores e parques em profusão,
maquiaram-se de gerânios, hortênsias
petúnias e margaridas.
Flores suspensas falam-me
de bom gosto e sensibilidade,
acenando-me em matizes
do verão canadense.
O sentimento despertado
não cabe na moldura.
Quebec debruçada sobre o rio,
atalha caminhos para o mundo.
Seu vento espalha poesia -
um rastro vital e fundo -
pra eu saber voltar um dia.
Ah! se alguém lesse o meu olhar,
decifraria o que sinto,
o que não ouso falar.
O acolhimento amoroso,
filial e brasileiro,
prova o que ensinava o velho
Rabello:
amor a gente prova é com atos,
no mais é etc.
Celina Rabello - Québec,
04/07/2023
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