domingo, 15 de maio de 2011





MINAS GERAIS






À  TIA LOURDES, pedra preciosa RABELLO CAMPOS,

 que colore com sua alegria, entusiasmo

 e carinho a nossa família,

 meu amor e homenagem.




Montanhas em grutas,

grutas de Minas,

minas de gemas,

gemas mineiras,

preciosas e belas,

Marílias e Bárbaras

de Minas Gerais.


Minas de ouro,

ouro branco, ouro preto,

de verdes esmeraldas -

olhos de Minas -

cintilantes diamantes,

     topázios, ametistas,     


rutilantes berilos,

minério de ferro

das minas de Minas,

Minas Gerais.



Esperanças nos montes

verdes de Minas,

no céu liberdade,

no peito um sonho

que transcende as montanhas

que protegem, cerceiam,

que aguçam horizontes –

candeias da vida –

da vida vivida,

sofrida, sentida,

soluço contido

e solto, escorrido

nos rios e fontes,

em cachoeiras e córregos

de Minas Gerais.



Do seio de Minas,

das grutas e gemas,

dos veios e veias

revivem as cores,

renascem tesouros,

que conjurados proclamam

no seu estandarte

de paz e de sangue,

a fé, os liames

de confidências trocadas,

de planos traçados

para asas e voo,

mistérios, enigmas

de Minas Gerais.



Das cruzes e torres,

dos santos barrocos,

de suas igrejas

pintadas a ouro

ecoam as vozes

piedosas, humildes,

do povo de Minas,

das minas de ouro

de incansáveis bateias,

pacientes peneiras

de pedras faiscantes

que espalham o brilho

de Minas Gerais.



 
O antigo Caraça,

as velhas escolas –

cabeças de Minas –

geraram ideias,

garimparam valores,

lapidados e soltos,

abafados, perdidos,

plantados, colhidos

pela gente das minas,

de Minas Gerais.



De serenatas e lua

das noites de Minas,

de vielas e becos,

porões e sobrados

voam lembranças suspiros,

afetos tecidos,

sufocados, reprimidos,

incrustados na alma,

pregados nas serras,

semeados no solo

rico das minas,

de Minas Gerais.




De veredas e matas,

capoeiras e vales,

de portões e sacadas,

das telas poemas,

dos versos e prosa,

das artes mineiras

saltam anseios, desejos

de levar a bandeira

do amor liberdade,

do coração compassivo,

orgulhoso e tímido,

do jeito mineiro

de Minas Gerais.






Das serras mineiras

ressoam cantigas

das águas nascentes,

correntes, dançantes,

bailarinas de Minas

de meneios e mimos

em espumas flutuantes

nas altas cachoeiras,

de onde mergulham

em rios dolentes,

das águas crescentes

de Minas Gerais.




Nas cidades e campos,

essas águas cantantes

são mulheres meninas,

minas ardentes

de ricos amores,

flores das cores

das gemas das minas,

de Minas Gerais.





Celina Rabello - 13/05/2011












2 comentários:

  1. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  2. Celina, vc arrasa sempre.Continue sonhando e nos brindando com mais maravilhas literárias.

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