MEU SONHO
Estatura
de cordilheira,
dimensão
de hemisfério,
vista
de falcão sobrevoante.
Pegasus,
de porte surrealista,
descobre
os dois lados da muralha.
Cavalo, de estratégia inusitada,
viaja
com a luz o espaço-tempo,
em
delírio, atravessa a jornada,
na perplexidade
do possível inconquistado.
Leva, neste voo sem fronteira,
a
menina antiga confiada,
a
ninfeta inocente e sonhadora,
a
mulher-leoa determinada.
Do
alto de sua madureza, ele espia
o amor
que desconhece obstáculo,
a borboleta
e suas fases às avessas.
O
vento traz notícias do passado
- canto
de sereia, flerte solerte -
a água
escorreu sob a ponte
e o
moinho do presente está inerte.
E
agora, cavalo alado?
A
cordilheira esfarelou-se,
o
hemisfério acinturou-se
e as asas do falcão perderam as forças,
no
infinito das possibilidades.
O sonho humano é uma promessa,
uma não se realiza,
outra utopia se instala.
Novamente, o real transfigurado,
interditos violados.
Da frustração, pegamos o segundo eixo.
Voa, Pegasus!
O céu é o limite.
O sonho humano é uma promessa,
uma não se realiza,
outra utopia se instala.
Novamente, o real transfigurado,
interditos violados.
Da frustração, pegamos o segundo eixo.
Voa, Pegasus!
O céu é o limite.
Celina
Rabello – 10/02/2014
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