segunda-feira, 27 de abril de 2015

A FLORISTA DA RUA SÃO PAULO




Lá vem a moça sorridente,
com sua cesta de flores.
O sinal fecha, os carros param.
Ela oferece seus mimos a um, 
oferece a outro.
Não vejo ninguém comprar.


Moça, do céu, onde estão
os galãs, os apaixonados,
capazes de levar um botão de rosa
 para a amada?


Desapareceram?
Desertaram?
Ou se transformaram
 em bonecos virtuais?


Ah! moça, pena os homens
acharem esquisito receber flores...
Não fosse isso, juro que comprava
uma rosa para aquele homem
  na esquina, estático...
Tão sorumbático...
De olhar lunático...
Parece não ser deste mundo.
Ou sou eu a fora da órbita?



Celina Rabello – BH- 27/04/15

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