PRIMAVERESCER
Tem
quinze anos a primavera,
as
cores e a textura da flor-de-seda,
o cheiro tão doce quanto
o do manacá.
o cheiro tão doce quanto
o do manacá.
Às
vezes, ciciante, lembra o vento
cantando
no bambuzal.
Na
sozinhez, seu silêncio
tem a
brancura da dália do brejo.
Pululam, em seu corpo sazonal,
a
inocência, o desejo, o lampejo
de
coisas inatingíveis.
Não
pressente que o verão vai
crestar
sua cor, sua energia
de
borboleta dançarina.
Azula o céu, perfuma
o ar,
matiza a coreografia das flores,
aviva a esperança, irradia vida.
matiza a coreografia das flores,
aviva a esperança, irradia vida.
Mal
saída do casulo,
sente-se
imperatriz do seu destino.
Vive,
primavera, enquanto é tempo,
outras
estações tocaiam atrás da porta.
Efêmera,
transita como se eterna.
Infinita
pelo pensamento,
sabe-se
fugaz.
Jardim
de contradições e paradoxos.
Quem
mais bela?
Celina
Rabello – 03/09/2015
Amei seus versos....
ResponderExcluirLinda e agradavel de ler com curiosidade sobre qual flor virá em versos. Primavera mexe com a gente de verdade. Exemplo disso o Manaca me levou à minha casa e às noites de lua cheia sobre ele. Belos versos !
ResponderExcluirObrigada, Meire!Eu também viajo nas flores,cada uma traz uma boa lembrança.
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