terça-feira, 25 de setembro de 2018





SEIXO



Um seixo rola
no riacho cheio.
É areado, pega limo, muda de cor.


Vai aonde ninguém vai.
Às vezes não vai.
Para, estaca, sente.



Partilha com as poças
a luz, a sombra, o verde.
Na sua estrada líquida
emerge, às vezes, afunda.
Rola depressa, devagar, ritmado.
Simplesmente segue.
No bamboleio do movimento,
na água derrama sua mutável forma.



Celina Rabello – 1º de março de  2018


Nenhum comentário:

Postar um comentário