domingo, 26 de maio de 2013





PASSEIO



À minha filhinha, Ana Letícia, que generosamente fez-me

 chegar a este porto


 para reabastecer-me de silêncio, leitura e verde.





Estou inundada de paz.

Elevo meu coração a Deus e agradeço.

A oração paterna é evocada:

“Dou-vos graças, Senhor,

por tudo o que Vós me destes

sem eu merecer...”



Aprecio o silêncio

quebrado apenas pela cascata,

passarinhos, cigarras e abelhas.

Descansa o meu olhar

seguir o voejar das borboletas azuis,

 brancas e amarelas.

Tudo é quietude, solitude, natureza.

A riqueza dos tons de verde

é alegrada pela festa rosa das paineiras

e pelo saltitar alegre dos miquinhos.







Na varanda preciosa,

 uma rede preguiçosa

convida-me à leitura.

Hemingway, Homero e Fontes Ibiapina

aguardam, cheios de sabedoria e de promessas,

minha decisão.

Serão releituras da aventura humana e universal.

Nas entrelinhas, as arestas e o caminhar

nesta jornada singular e pessoal.

É bom estar comigo.

Embarco com Ulisses.







Celina Rabello – 06 de março de 2013


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