PASSEIO
À minha filhinha, Ana
Letícia, que generosamente fez-me
chegar a este porto
chegar a este porto
para reabastecer-me de
silêncio, leitura e verde.
Estou inundada de paz.
Elevo meu coração a Deus e
agradeço.
A oração paterna é
evocada:
“Dou-vos graças, Senhor,
por tudo o que Vós me
destes
sem eu merecer...”
Aprecio o silêncio
quebrado apenas pela
cascata,
passarinhos, cigarras e
abelhas.
Descansa o meu olhar
seguir o voejar das
borboletas azuis,
brancas e amarelas.
Tudo é quietude, solitude,
natureza.
A riqueza dos tons de
verde
é alegrada pela festa rosa
das paineiras
e pelo saltitar alegre dos
miquinhos.
Na varanda preciosa,
uma rede preguiçosa
convida-me à leitura.
Hemingway, Homero e Fontes
Ibiapina
aguardam, cheios de
sabedoria e de promessas,
minha decisão.
Serão releituras da
aventura humana e universal.
Nas entrelinhas, as arestas
e o caminhar
nesta jornada singular e
pessoal.
É bom estar comigo.
Embarco com Ulisses.
Celina
Rabello – 06 de março de 2013
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